Mães seguem juntas, mesmo quando discordam!

Cada vez assisto a mais comunicações violentas, a posições mais extremadas por parte de mães, quando se manifestam pró ou contra, diversas áreas da parentalidade.

 

Nós somos as Mães da humanidade!

O caminho faz-se lado a lado e não umas contra as outras!

Se não conseguirmos falar entre nós, como pode a humanidade comunicar e prosperar?

 

 

 

Não queremos apenas sobreviver e tolerar, queremos conviver!

Queremos que os nossos filhos consigam ultrapassar as suas divergências e crescer juntos.

 

 

 

 

É certo que temos diferentes experiências, aprendizagens, crenças, logo diferentes pontos de vistas que, através do diálogo, nos podem fazer crescer!

É desafiante ter empatia por alguém que tem crenças diferentes das minhas.

Quando essas divergências sobem de tom e são argumentadas com julgamentos, deixa de existir espaço para uma comunicação consciente e sem violência.

 

 

PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO PAREDES)
“Sinto-me tão condenada por suas palavras,
Tão julgada e dispensada.
Antes de ir, preciso saber:
Foi isso que você quis dizer?
Antes que eu me levante em minha defesa,
Antes que eu fale com mágoa ou medo,
Antes que eu erga aquela muralha de palavras,
Responda: eu realmente ouvi isso?
Palavras são janelas ou são paredes.
Elas nos condenam ou nos libertam.
Quando eu falar e quando eu ouvir,
Que a luz do amor brilhe através de mim.
Há coisas que preciso dizer,
Coisas que significam muito para mim.
Se minhas palavras não forem claras,
Você me ajudará a me libertar?
Se pareci menosprezar você,
Se você sentiu que não me importei,
Tente escutar por entre as minhas palavras
Os sentimentos que compartilhamos. “
RUTH BEBERMEYER

 

 

 

Quando criticamos/julgamos de forma violenta quem não concorda connosco, estamos a alimentar um fogo perigoso e a perder a oportunidade de mostrar aos nossos filhos, através do exemplo, como ultrapassar divergências.

 

 

 

Tenho a certeza que todas(os) nós mães (e pais), temos a intenção de proporcionar o melhor aos nossos filhos!

Podemos concordar em discordar e aceitar que outras pessoas tenham formas diferentes de pensar/fazer.

 

 

 

 

Este é o 1º passo para mostrar aos nossos filhos, que podemos seguir juntas/os mesmo com divergências. É um passo diferente do que se verificou ao longo da nossa história e do que ainda continua a alimentar guerras e derrames de sangue, como forma de imposição por extremismos.

 

 

 

Podemos contribuir por um mundo mais respeitoso:

 

  • Se tens uma opinião contrária partilha os factos em que te baseias, as outras pessoas podem desconhecê-los.

Vais estar a contribuir para o crescimento conjunto. Deixa espaço para que a outra pessoa tome as suas próprias conclusões e possa apresentar os seus contra-argumentos. Também nós podemos desconhecer factos que podem ser pertinentes.

  • Nem tudo é preto ou branco. Deixa espaço para o cinzento e todas as outras tonalidades.

Quando o 1º pensamento que te surge é de julgar, questiona-te: “qual é a minha intenção/inspiração” antes de falar. Em que é que eu vou contribuir: para aumentar o ódio e o afastamento ou para que exista espaço para o diálogo, reflexão e crescimento.

  • Se encontrares comentários desrespeitosos, com os quais discordas podes sensibilizar e apelar a uma comunicação não violenta.

Se achas que não o consegues fazer naquele momento, espera um pouco. Procura uma resposta que, ao ser lida daqui a uns anos, por ti ou pelos teus filhos, continue a ser válida e com a qual te sintas bem.

  • Se encontrares comentários desrespeitosos, com os quais tendes a concordar, podes abster-te de responder.

Desta forma deixas de alimentar o ódio. Se conseguires, podes ainda sensibilizar e apelar a uma comunicação não violenta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Temos direito a ter opiniões divergentes e a responsabilidade de comunicar de forma respeitosa!

Quando os nossos filhos forem adultos e discordarem de nós, como gostaríamos que agissem?

Vale a pena começar a refletir!

 

Inês Gaspar –  Psicóloga Clínica, Infantil & Coach Parental (Facilitadora Parentalidade Consciente).

 

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